Estrutura curricular e Ementas das disciplinas

Estrutura Curricular

 

Para o Mestrado - Devem ser cumpridas 12 (doze) créditos em disciplinas obrigatórias, 08 (oito) créditos em disciplinas optativas e 04 (quatro) créditos em atividades complementares.

 

Disciplinas Obrigatórias

 

I-Disciplinas Obrigatórias

Disciplina Créditos Carga Horária
Teoria Sociológica I 04 64
Teoria Sociológica II 04 64
Métodos e técnicas de pesquisa 04 64

 

Teoria sociológica 1

EMENTA 

Contexto histórico do surgimento da sociologia; Émile Durkheim e a formalização sociológica; Max Weber e a sociologia compreensiva; Karl Marx e a crítica à sociedade capitalista. 

 

OBJETIVOS

A disciplina tem por objetivo compreender a origem e o contexto de produção dos conceitos desenvolvidos pelas três escolas e suas influências sobre a sociologia moderna, em geral, e a sociologia brasileira, em particular. Estudo dos principais autores e escolas da sociologia clássica: Marx e o marxismo, Durkheim e o funcionalismo, Weber e o racionalismo. Pretende-se também entender a atualidade das obras desses autores com suas presenças na produção sociológica contemporânea.

 

Docentes responsáveis: Flávio Munhoz Sofiati, Eliane Gonçalves e Lucinéia Scremin Martins

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 

DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. Tradução: Maria Ferreira. 1. ed. São Paulo: Vozes, 2019. 160 p.

 

DURKHEIM, Emile. Da Divisão do Trabalho Social 2 ed. Tradução: Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 1999. 269p.

 

DURKHEIM, Emile. O Suicídio: estudo de sociologia. Tradução: Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 2004, 552p.

 

DURKHEIM, Emile. As formas elementares da vida religiosa: O sistema totêmico na Austrália. Tradução: Rafael Faraco Benthien e Raquel Andrade Weiss. 1. ed. São Paulo: ‎ Edipro, 2021. 544 p.

 

MARX, Karl e Engels, Friedrich. A Ideologia Alemã.  1 ed. Tradução: Luciano Cavini Martorano, Nélio Schneider e Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007, 616p.

 

MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. 1 ed. Tradução: Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004, 176p.

 

MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel. 3 ed. Tradução: Rubens Enderle e Leonardo de Deus. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013, 184p.

 

MARX, Karl. O Capital. Crítica da Economia Política. O Processo de Produção do Capital. Livro I. 3ª ed. Tradução: Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo Editorial, 2023. 912p.

 

WEBER, Max. Economia e Sociedade. Vol. 1. 4. ed. 5ª reimpressão. Brasília: Editora. UnB. 2022. 456p.

 

WEBER, Max. Metodologia das Ciências Sociais. 5 ed. Tradução: Augustin Wernet. Campinas: Editora Cortez/Ed. Unicamp, 2016, 688p.

 

WEBER, Max. Ensaios de Sociologia 5 ed. Tradução: Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: LTC, 1999, 340p.

 

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Tradução: José M. Mariani Macedo. São Paulo: Cia das Letras, 2004, 336p.



BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

 

DURKHEIM, Emile. Durkheim: sociologia. Col. Grandes Cient. Sociais. São Paulo: Ática, 1991. 

 

MARX, Karl. Marx: sociologia. Col. Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Editora Ática, 1991.

 

WEBER, Max. Weber: sociologia. Col. Grandes Cientistas Sociais. São Paulo: Editora Ática, 1991.

 

SOFIATI, Flávio M. Leituras sociológicas: Marx, Durkheim e Weber. Goiânia: Editora UFG, 2022, 96p.

 

 

Teoria Sociológica 2

 

EMENTA

Análise dos percursos sociológicos pós-clássicos até os tempos atuais. Abordagem de debates importantes tais como a oposição entre níveis micro e macro de análise; A oposição entre individualismo e holismo; tentativas de superação (Giddens, Bourdieu e outros); O individualismo metodológico; A racionalidade da ação e seus limites, a ação coletiva e o pós-estruturalismo e as proposições teóricas do pós-colonialismo

 

OBJETIVOS

O curso tem como objetivo apresentar desdobramentos no desenvolvimento da teoria social a partir do século XX, tendo como referência inicial o pensamento social pós-clássico. A partir daí, chegar aos pensadores contemporâneos de outras partes do planeta (Ásia, África e América Latina). Assim, o curso será dividido em cinco frentes: A tradição da diferenciação social onde travaremos um diálogo com agentes, campos e poder simbólico na perspectiva de diferenciação social com Luhmann e Bourdieu; a tradição da racionalização, onde se busca um diálogo com Elias, Foucault, Habermas e a Escola de Frankfurt; a tradição do conflito social, a partir das contribuições de Dahrendorf, Chantal Mouffe e Antony Negri. Uma quarta linhagem focada na modernidade a partir do debate produzido pela Escola de Chicago, Goffmann, Giddens e Touraine. E por fim, uma quinta tradição indicada como pós-modernismo e pós-estruturalista com que trazem as contribuições os estudos pós-coloniais com hooks, Butler, Said, Quijano, Lugones, Hall, Anzaldua, Appadurai, Costa, Spivak entre outros.

 

Docentes responsáveis: Andréa Vettorassi, Dijaci David de Oliveira e Luiz Mello de Almeida Neto

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 

ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. 224p.

 

ANZALDÚA, Gloria. Como domar uma língua selvagem. Cadernos de Letras da UFF. Dossiê: Difusão da língua portuguesa, n.39, 2009. 297-309p 

 

APPADURAI, Arjun. O medo ao pequeno número: ensaio sobre a geografia da raiva. São Paulo: Iluminuras, 2009. 

 

BECKER, Howard. A Escola de Chicago. Rio de Janeiro. Mana 2(2):177-188, 1996.

BOURDIEU, P. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, R. (org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1994, p. 46-81.

 

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2009.

 

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

 

COSTA, Sérgio. Desprovincializando a Sociologia: a contribuição pós-colonial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol. 21 Nº. 60. São Paulo: ANPOCS, 2006.

DAHRENDORF, Ralf. O conflito social moderno. Rio de Janeiro/São Paulo: Jorge Zahar/Edusp, 1992.

ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Vol. I. 2.ed. Tradução: Ruy Jungmann. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1994.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Nascimento da Prisão. 23. Ed. Tradução: Raquel Ramalhete. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.

GIDDENS, Anthony. A Constituição da Sociedade. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 

 

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988. 

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural na esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984. 

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11ª. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. 

HOOKS, Bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Editora Elefante, 2019.

 

HOOKS, B. Anseios: raça, gênero e políticas culturais. São Paulo: Editora Elefante, 2019.

LUGONES, María. Colonialidad y Género. Tabula Rasa, Colombia, n 09, Julio-diciembre, 2008.

LUHMANN, Niklas. A legitimação pelo procedimento. Brasília: Editora da UnB, 1980.

MOUFFE, Chantal. O regresso do político. Lisboa, Gradiva, 1986. 

NEGRI, Antonio; HARDT, Michel. Declaração: Isto não é um manifesto. São Paulo: N-1 Edições, 2014.

NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Multidão: Guerra e democracia na era do Império. 1 ed. Tradução: Clóvis Marques. São Paulo: Record, 2005. 532p

NUNES, Jordão Horta. Interacionismo simbólico e dramaturgia: a Sociologia de Goffman. Goiânia/São Paulo: Editora UFG/Editorial Humanitas, 2005. 

QUIJANO, Aníbal. Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina. Estudos Avançados. São Paulo. 19 (55), 2005.

SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 2007. 

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

TOURAINE, Alain. Podemos viver juntos? Iguais e diferentes. Petrópolis: Ed. Vozes, 2003.



BIBLIOGRAFIA APOIO:


ASSOUN, Paul-Laurent. A escola de Frankfurt. São Paulo: Editora Ática, 1991.

 

BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília, maio - agosto de 2013, pp. 89-117.

 

BENJAMIM, Walter. Obras Escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

 

BECKER, Howard. Outsiders. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.


BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1998.

 

BOURDIEU, Pierre. Razões práticas. Sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996.

 

BUTLER, Judith. “Fundamentos contingentes: o feminismo e a questão do pós-modernismo”. Cad. Pagu, Campinas, n. 11, p. 11-42, 1998.

 

DAHRENDORF, Ralf. Ensaios de teoria da sociedade. Rio de Janeiro/São Paulo, Zahar/Edusp, 1974.

 

ELIAS, Norbert. Os Alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

 

FOUCAULT, Michel. História da loucura. Ed. Perspectiva - SP, 1978.

 

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1. Ed. Graal - RJ, 1985.

 

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Ed. Forense Universitária - RJ, 1987.


FREITAG, Bárbara. A teoria crítica ontem e hoje. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993.

 

GIDDENS, Anthony; BECK, Ulrich; LASH, Scott. Modernização Reflexiva – Política, Tradição e Estética na Ordem Social Moderna. São Paulo, Unesp, 1997. 

 

GIDDENS, Anthony; TURNER, Jonathan. Teoria social hoje. São Paulo, Unesp, 1999. 

 

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo, Perspectiva, 1974.

 

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis, Vozes, 1975.

 

GORZ, André. Misérias do Presente, Riqueza do Possível. São Paulo: Annablume, 2004. 

 

HABERMAS, Jürgen. A Crise de Legitimação no Capitalismo Tardio. São Paulo: Tempo Brasileiro, 1980.

 

HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Liv Sovik (Org). Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2003.

 

LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. Hegemonía y estratégia socialista. Hacia una radicalización de la democracia. Madrid, Siglo XXI, 1987. 

 

LUHMANN, Niklas. Sociologia do Direito. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.

 

MOUFFE, Chantal. (org). Desconstrucción y pragmatismo. Buenos Aites, Paidós, 2005.

 

NEGRI, Antonio. LAZZARATO, Maurizio. Trabalho imaterial. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

 

NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. O Trabalho de Dionísio: para a crítica ao Estado pós-moderno. Juiz de Fora, MG: Editora UFJF; PAZULIN, 2004

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QUIJANO, Aníbal. Colonialidade, poder, globalização e democracia. Novos Rumos. Marília, SP, ano 17, No. 37, 2002. 

 

QUIJANO, Aníbal. Modernidad, identidad y utopia en America Latina. Sociedad e Política Edições. Lima-Peru,1988.

 

SAID, Edward W. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995.

 

SAID, Edward W. Humanismo e crítica democrática. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

 

TOURAINE. Alain. Como sair do liberalismo. Tradução de Maria Leonor Loureiro. São Paulo: EDUSC, 1999.

 

 

Métodos e Técnicas de Pesquisa

EMENTA

 

Modelos científicos e origem dos métodos sociológicos: positivismo, estruturalismo, hermenêutica e dialética. Sociologia tradicional e as novas regras do método. Produção e análise de dados quantitativos: survey e modelos estatísticos. Pesquisa digital e extração de dados a partir de repositórios científicos. As abordagens qualitativas: entrevistas e grupos focais. Triangulação. Netnografia e análise de redes sociais. 

 

OBJETIVOS

O principal objetivo é intermediar uma introdução à metodologia das ciências sociais, segundo um enfoque pluralista. Em relação à epistemologia, procura-se abordar elementos das principais correntes de fundamentação das ciências sociais: a filosofia analítica, a hermenêutica e a dialética. As unidades compreendem textos teorico-metodológicos e artigos empíricos influenciados por diversas escolas sociológicas, como o positivismo, o marxismo, a fenomenologia, o interacionismo simbólico e a sociologia compreensiva. 

 

Docentes responsáveis: Jordão Horta Nunes, Fausto Miziara e Hans Carrillo Guach.

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BABBIE, Earl. Métodos de pesquisa de surveys. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

 

BOURDIEU, Pierre, Chamboredon, Jean-Claude e Passeron, Jean-Claude. A profissão de sociólogo. Preliminares epistemológicas. 2 ed. São Paulo: Vozes, 2000.

 

LAPERRIÈRE, Anne. Os critérios de cientificidade dos métodos qualitativos. In: POUPART, Jean et al. (orgs.). A pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos. Tradução: Ana Cristina Nasser. Petrópolis-RJ: Vozes, 2008.

 

KERLINGER, Fred N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais. São Paulo: EDUSP, 1980.

 

MELUCCI, Alberto. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005.

 

POPPER, Karl. Lógica da pesquisa científica. Trad. de Leonidas Engenberg e Octanny Silveira daMota. São Paulo: Cultrix, 1975.

 

SALMON, Wesley C. Lógica. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

 

SARTRE, Jean-Paul. Questão de método. 2ed. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1967.

 

STAKE, Robert E. Pesquisa qualitativa. Estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, 2011.

 

UWE, Flick. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2ed. Porto Alegre:Bookman, 2004.

 

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

BAUER, Martin W.; GASKELL, George (eds). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis, Vozes, 2005.

 

GURVITCH, Georges. Dialéctica y Sociologia. 2ed. Madrid: Alianza,1971.

 

KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 6ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.

 

RICOEUR, Paul. Hermeneutics and the human sciences. Essays on language, action and interpretation. Cambridge: Cambridge University, 1985.

 

SELLTIZ, C. et. al. Métodos de Pesquisa nas Relações Sociais. São Paulo: Herder/Edusp, 1967.

 

STRAUSS, Anselm L. Espelhos e máscaras. Trad. Geraldo Gerson de Souza. São Paulo: Edusp, 1999.

 

TOULMIN, Stephen. Os usos do argumento. 2ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

 

FLICK, Uwe. Coleção Pesquisa Qualitativa. 6v. Porto Alegre:Artmed, 2009.


Dissertação e Tese

Para inscrição des alunes que já finalizaram as disciplinas.

Ementa: Trata da escrita da dissertação/tese, período no qual os discentes se matriculam na atividade para manterem o vínculo no programa e a orientação. 

Docentes responsáveis: Orientadoras/es

BIBLIOGRAFIA: própria da tese.

 

Disciplinas Optativas

Ofertadas de acordo com as linhas de pesquisa em Disciplinas Regulares ou Tópicos Avançados, portanto de caráter flexivo, ou seja, sua oferta pode ser descontínua.

 II-Disciplinas Optativas

Disciplina Créditos Carga Horária
Elaboração de Projetos 04 64
Conflito, criminalidade e violência  04 64
Diferença, Desigualdade e Cidadania 04 64
Corpo e formas de subjetivação em abordagens contemporâneas  04 64
Trabalho e Sociedade 04 64
Cultura e Sociedade  04 64
Educação e sociedade 04 64

EMENTAS DAS DISCIPLINAS OPTATIVAS

Elaboração de Projetos

EMENTA

Disciplina especial que não compreende conteúdos específicos, mas um espaço de mediação do processo de orientação com diálogo acerca das pesquisas da pós-graduação no mestrado e doutorado. Os trabalhos finais devem ser os Projetos de Pesquisa, aperfeiçoados ao longo do semestre.

 

OBJETIVOS

Diálogo acerca da construção do projeto de pesquisa. Apresentação dos principais elementos que estruturam um projeto na área de ciências sociais. Acompanhar os/as discentes em suas pesquisas de mestrado/doutorado para refletir sobre o tema, objetivos, justificativas, problema de pesquisa, hipóteses ou resultados esperados, referencial teórico, procedimentos de trabalho de campo, cronograma, bibliografia e ética na pesquisa.

Docentes Responsáveis: Flávio Munhoz Sofiati e Lucinéia Martins Scremin



BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ALVES, Alda Judith (1992). A “revisão da bibliografia” em teses e dissertações: meus tipos inesquecíveis. In: Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 81, p. 53-60, 1992. 

 

LAVILLE, Christian & DIONE, Jean (1999). A construção do saber. Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed; Belo Horizonte: Editora UFMG,1999. 

 

LIMA, Telma Cristiane Sasso de & MIOTO, Regina Célia Tamaso (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. In: Revista Katálysis, Florianópolis, p. 37-45, 2007. 

 

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria (2009). Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas.

 

QUIVY, Raymond & CAMPENHOUDT, Luc Van. Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva, 1998.



BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

 

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 25. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

 

RODRIGUES, Auro de Jesus. Metodologia científica. São Paulo: Avercamp, 2006.

 

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira. Variações sobre a técnica de gravador no registro da informação viva. São Paulo: T.A. Queiroz, 1991.

 

SZYMANSKI, Heloisa (org.) (2004). A entrevista na pesquisa em Educação: a prática reflexiva. Brasília: Liber Livro. 



Linha de pesquisa: Desigualdades, Diferenças e Violências

Conflito, criminalidade e violência 

 

EMENTA

Compreender as matrizes teóricas que orientam os estudos sobre violência e criminalidade. Discutir as suas diversas manifestações da violência na sociedade brasileira. Analisar a relação entre violência e modernidade, bem como das novas teorias que refletem sobre as mudanças que a modernidade tardia e o fenômeno da violência e da criminalidade.

 

OBJETIVOS

A disciplina tem por objetivo apresentar as teorias do conflito nas tradições sociológicas clássicas e contemporâneas. Objetiva ainda analisar as diversas vertentes do pensamento sociológico na construção de teorias da violência, discutir a produção sociológica brasileira sobre o tema da violência e suas manifestações enquanto representação social e fenômeno empírico na sociedade brasileira. Introduzir os/as alunos/as no campo dos estudos sociológicos da violência. Abordar sobre os conceitos-chaves, teorias, suas correntes interpretativas, sua fenomenologia e o estado atual da pesquisa brasileira nesta área do conhecimento. Focalizar o modo sociológico de pensar a violência, enfatizando as relações entre saber, sociedade, Estado de Direito, democracia, direitos humanos e controle social. Discutir sobre as práticas de violência contra grupos socialmente discriminados e as políticas de segurança pública. Analisar sobre as diversas formas de representação da violência na sociedade contemporânea, controle e de práticas de violência institucional.

Docentes responsáveis: Dijaci David de Oliveira e Hans Carrillo Guach

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 

ADORNO, S.; ALVARADO, A. Criminalidade e a governança de grandes metrópoles na América Latina: Cidade do México (México) e São Paulo (Brasil). Dilemas: Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, v. 15, n. spe4, p. 79–115, 2022.

 

BECKER, HOWARD. OUTSIDERS. Estudos de Sociologia do Desvio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008.

 

ELIAS, Norbert. Os Alemães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1997.

 

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Nascimento da Prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. 42 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2014. 296p.

 

MACHADO, Luis Antônio. Sociabilidade violenta: por uma interpretação da criminalidade contemporânea no Brasil urbano. In: Sociedade e Estado, vol. 19, no. 1 Jan/Jun 2004.Brasília: ed. UnB, 2004.

 

MISSE, M. Alguns aspectos analíticos nas pesquisas da violência na América Latina. Estudos Avançados, v. 33, n. 96, p. 23–38, 2019.

 

MISSE, Michel. Between Death Squads and Drug Dealers: Political Merchandise, Criminal Subjection, and the social Accumulation of Violence in Rio de Janeiro. The Global South, Vol. 12, n. 2, 2018, p. 131-147. 

 

SILVA, Luis. Antônio. M. D.; MENEZES, Palloma. V. (Des)continuidades na experiência de “vida sob cerco” e na “sociabilidade violenta”. Novos estudos CEBRAP, v. 38, n. 3, p. 529–551, 2019.

 

STUKER, P., & SCHABBACH, L. M. Transferência de renda e violência de gênero: lacunas e controvérsias científicas. BIB - Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, 1(98), 1–16, 2023. 

 

VELLASCO, Ivan et DE ANDRADE, Cristiana Viegas. Crime and Violence in Brazilian History. Crime, History & Societies, vol. 24, n°1, 2020.

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

 

ADORNO, Sérgio. O fracasso do controle legal dos crimes e da violência na sociedade brasileira contemporânea: questões para discussão. Ciência e Cultura, v. 74, n. 4, p. 01-09, 2022.

 

GURR, Ted R. (ed). Violence in America. The history of crime. London: Sage Publications, Inc., 1989.

 

JOHNSON, Eric A. & MONKKONEN, Eric J; The Civilization of Crime. Violence in Town & Country since the Middle Ages. Urbana and Chicago: University of Illinois Press, 1996.

 

MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte. 1 ed. Tradução: Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011. 176p

 

MICHAUD, Y. A Violência. S. Paulo, Ática, 1989.

 

MISSE, Michel. Violência e Teoria Social: uma nova agenda? In: ROJAS, Carlos Del Valle; ECHETO, Víctor Silva (org.). Crisis, comunicación y critic política. Quito: CIESPAL, 2017, p.  209-229. 

 

MITCHELL, Meghan M, FAHMY, Chantal; PYROOZ, David C.; DECKER, Scott H. Criminal crews, codes, and contexts: Differences and similarities across the code of the street, convict code, street gangs, and prison gangs. Deviant Behavior, vol. 38, n. 10, p. 1197-1222, 2017. 

 

PORTO, M. S. G. A violência, entre práticas e representações sociais: uma trajetória de pesquisa. Sociedade e Estado – Vol. 30 n. 1, 2015.

 

SIMMEL, G. O conflito como sociação. Tradução: Mauro Guilherme Pinheiro Koury. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v.10, n. 30, 2011. 

 

ZALUAR, Alba. A máquina e a revolta. Rio de Janeiro: Ed Brasiliense, 2002.

 

Diferença, Desigualdade e Cidadania

 

EMENTA

Crítica da modernidade, privilegiando os campos analíticos dos feminismos, dos estudos da subalternidade, da pós-colonização/descolonização e estudos queer. Políticas identitárias, interseccionalidades e direitos humanos. Multiculturalismo e interculturalidade. Discriminação, opressão e exclusão em contextos locais, nacionais e globais. Marcadores sociais da diferença, desigualdade e cidadania: classe, raça/etnia, gênero, sexualidade, deficiência e geração, entre outros. 

 

OBJETIVOS

A disciplina se propõe a estudar um conjunto de textos de caráter sociológico e interdisciplinar privilegiando os campos analíticos dos feminismos, dos estudos da subalternidade, da pós-colonização/descolonização e dos estudos queer. Ao pensar a noção mais influente de cidadania de T. H. Marshall, pretende-se calibrá-la com conceitos e categorias que emergiram de lutas políticas relacionadas aos grupos historicamente excluídos e subalternizados, que reivindicam seu reconhecimento como novos cidadãos e cidadãs de direito. Esse campo inclui as políticas identitárias, o debate em torno da redistribuição, do reconhecimento e da representação; da interseccionalidade e dos direitos humanos. São objetivos da disciplina fornecer ferramentas teórico-analíticas para a problematização das diversas discriminações, opressões e exclusões em contextos locais, nacionais e globais, levando em consideração a produção social das diferenças - classe, raça/etnia, gênero, sexualidade, geração corporalidade, entre outros - e os modos de enfrentá-las a partir da organização de sujeitos coletivos.  

Docentes responsáveis: Eliane Gonçalves e Camilo Braz

 

BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA: 

 

APPADURAI, Arjun. Soberania sem territorialidade: notas para uma geografia pós-nacional. Novos Estudos (49), Cebrap, 1997. 

 

BENTO, Cida. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 7-67

 

BUTLER, Judith. The end of sexual difference? In: Undoing gender. New York: Routledge, 2004, p. 174-203.

 

CARDOSO, Lourenço. Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco antirracista. Biblioteca Virtual Clacso, 2010. 

 

FEDERICI, Silvia. Reencantando o mundo. São Paulo: Elefante, 2022. Tradução: Coletivo Sicorax, p.114-134.

 

GONZALEZ, Lélia. Cidadania de segunda classe. In: Primavera para as rosas negras. Diáspora Africana, 2018.

 

GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo.  Cidadania e retóricas negras de inclusão Social. Lua Nova, São Paulo, n.85, 2012, p. 13-40.

 

HARVEY, David. A criação dos bens comuns urbanos. In: Cidades Rebeldes. São Paulo: Martins Fontes, 2014, p. 134-169.

JAQUETTO, Bruna C. Sobre usos e possibilidades da interseccionalidade. Civitas, São Paulo, n. 21 (3): 445-454, set.-dez. 2021

 

KERN, Leslie. Cidade feminista. A luta pelo espaço em um mundo desenhado por homens. Oficina Raquel, 2021.

 

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

 

LORDE, Audre. Idade, raça, classe e gênero: mulheres redefinindo a diferença. In: Irmã Ousider. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 141-153

 

LUGONES, Maria. Colonialidade e Gênero. In: HOLANDA, Heloisa B. Pensamento Feminista, conceitos fundamentais. RJ: Bazar do Tempo, 2019.

 

MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNADINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramon. (Orgs.) Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

 

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PIERUCCI, Antônio Flávio. Ciladas da diferença. Tempo social, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 7-33, 1990.

 

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SOUZA, Pedro H. G. Os ricos no Brasil: o que sabemos, o que não sabemos e o que deveríamos saber. BIB, São Paulo, n. 85, 1/2018 (publicada em julho de 2018), pp. 5-26.

 

VIGOYA, Mara V. La interseccionalidad: una aproximación situada a la dominación. Debate Feminista, v 52, p.176-177, 2016. 

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, 2014.

 

HOFBAUER, Andreas. Cultura, diferença e (des)igualdade. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar / Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de São Carlos. n. 1, 2011, p. 69-102

 

LAVALLE, Adrián Gurza. Cidadania, igualdade e diferença. Lua Nova, n. 59, 2003, p. 75-94.

 

SEGATO, Rita L. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos CES (18), 2012, p.106-131.

 

SILVÉRIO, Valter R.; TRINIDAD, Cristina T. Há algo novo a se dizer sobre as relações raciais no Brasil contemporâneo? Educ.Soc. vol.33 no.120, Campinas jul./set. 2012.

 

SPIVAK, Gayatri C. Pode o subalterno falar? UFMG, 2012. 



Corpo e formas de subjetivação em abordagens contemporâneas 

EMENTA

Dimensões socioculturais e políticas do corpo; envelhecimento e curso da vida; violências; biopolítica e biopoder; performance; abordagens críticas à separação razão/emoção; marcadores sociais de diferença; interseccionalidades; produção de subjetividades e identidades; modos e formas de vida. 

 

OBJETIVOS

O objetivo desta disciplina é apresentar perspectivas sociológicas e de áreas afins a respeito do corpo e suas múltiplas interrelações, com foco na discussão sobre diferenças e desigualdades e nos processos de subjetivação delas decorrentes. Nesse sentido, serão privilegiadas perspectivas clássicas, mas prioritariamente contemporâneas, sobre corpo nas Ciências Sociais: 1) Biopolítica e biopoder; 2) Marcadores sociais de diferença (gênero, sexualidade, raça, geração, classe) como categorias de análise, a partir da perspectiva da construção histórica, social e cultural; 3) Produção de subjetividades e identidades e modos de vida.

 

Docentes responsáveis: Marcela Corrêa Martins Amaral e Luiz Mello

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 

 

BORDO, Susan. O corpo e a reprodução da feminidade: uma apropriação feminista de Foucault. In: BORDO, Susan; JAGGAR, Alison M. (orgs.) Gênero, corpo e conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. 

 

DA MOTTA, Alda Britto. As dimensões de gênero e classe social na análise do envelhecimento. Cad. Pagu, Campinas, v. 13, n.13, 2000, p. 191-221.

 

FOUCAULT, Michel. Aula de 17 de março de 1976. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France. São Paulo: Martins Fontes, 1999. pp. 285-315. 

 

FOUCAULT, Michel. Microfisica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000. 

 

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade vol. 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 2009. 

 

HARAWAY, Donna. Manifesto Ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo no final do século XX. In: Haraway, Donna; Kunzru, Hari; Tadeu da Silva, Tomaz (Orgs.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica/Mimo, 2009. 129p.

 

JAGGAR, Alison. Amor e conhecimento: a emoção na epistemologia feminista. In: BORDO, Susan; JAGGAR, Alison M. (orgs.) Gênero, corpo e conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. 

 

LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo. Corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001. 

 

LATOUR, Bruno. Como falar do corpo? A dimensão normativa dos estudos sobre a ciência. In: NUNES, J. A.; ROQUE, R. (orgs.) Objetos Impuros: Experiências em Estudos sobre a Ciência. Porto: Edições Afrontamento, 2004. 

 

LE BRETON, David. A sociologia do corpo. 4.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010. 

 

LE BRETON, David. Antropologia do corpo e modernidade. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. 

 

LIMA, Fátima. “Raça, gênero e sexualidades: interseccionalidades e resistências viscerais de mulheres negras em contextos bio-necropolíticos”. In: In: RANGEL, Everton; FERNANDES, Camila; LIMA, Fátima (org.). (Des)prazer da norma. Rio de Janeiro: papéis selvagens, 2018. 

 

MAUSS, M. “As Técnicas Corporais”. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003. 

 

OYEWÙMI, Oyèrónké. Visualizando o corpo. Teorias ocidentais e sujeitos africanos. João Pessoa: Novos Olhares Sociais, Vol. 1 – n. 2 – 2018. 

 

PINHO, Osmundo de Araújo. Etnografias do brau: corpo, masculinidade e raça na reafricanização em Salvador. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13 n. 1, 2005, p. 127 - 145. 

 

RABINOW, Paul e ROSE, Nikolas. O conceito de biopoder hoje. Política & Trabalho Revista de Ciências Sociais, João Pessoa/PB, n. 24, Abril de 2006, pp. 27-57. 

 

ROSE, Nikolas. Introdução. In: A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2013. 

 

STERLING, Anne-Fausto. Dualismos em duelo. Cad. Pagu, Campinas, n. 17/18, 2001/2002, p. 9-79. 

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO: 

 

ALMEIDA, Miguel Vale de. Corpo Presente – treze reflexões antropológicas sobre o corpo. Portugal: Celta, 1996. 

 

BENTO, Berenice. A reinvenção corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006. 

 

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DOUGLAS, Mary. Pureza e Perigo. São Paulo: Perspectivas do Homem/Edições 70, 1976. 

 

LEITE JR. Jorge. Nossos corpos também mudam: a invenção das categorias “travesti” e “transexual” no discurso científico. São Paulo: Annablume, 2011. 

 

LONGHI, Marcia. Cuidado, Velhice, Gênero e Deficiência Social: Algumas reflexões. Revista ANTHROPOLÓGICAS, Ano 22, 29(2):28-48, 2018. 

 

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PRECIADO, Paul. Testo Junkie: Sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. São Paulo: n-1 edições, 2018. 

 

ROHDEN, Fabíola. A obsessão da medicina com a questão da diferença entre os sexos. In: PISCITELLI, Adriana; GREGORI, Maria Filomena; CARRARA, Sérgio (Orgs.). Sexualidade e Saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2004. 

 

SIBILIA, Paula. O Homem Pós-orgânico. A alquimia dos corpos e das almas à luz das tecnologias digitais. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015. 

 

SILVEIRA, Maria Lucia da. O nervo cala, o nervo fala – a linguagem da doença. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004.

 

PECHENY, Mario; MANZELLI; Hernán. El regreso del cuerpo en tiempos de liberalismo. Notas sobre ciencias sociales y salud. In: PAIVA, Vera et al (Orgs.). Prevención, Promoción y Cuidado: enfoques de vulnerabilidad y derechos humanos. Buenos Aires: Teseopress, 2018. 

 

RABINOW, Paul. Artificialidade e Ilustração - Da sociobiologia à bio-sociabilidade. Novos Estudos nº 31, Outubro de 1991.

 

RODRIGUES, José Carlos. Tabu do Corpo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1975. 

 

SARTI, Cynthia. “Corpo e Doença no trânsito de saberes”. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol.25, nº 74, Outubro, 2010. pp.77-90.


Linha de pesquisa: Trabalho, Formação e Representações Culturais

Trabalho e Sociedade

EMENTA

Trabalho e suas transformações. Subjetividade e identidade no trabalho. Sindicatos e associativismo. Trabalho e gênero: diferenças e desigualdades. Formação, educação e o mundo do trabalho. 

 

OBJETIVOS

A disciplina tem como objetivo o estudo reflexivo das teorias e conceitos que fundamentam a análise do trabalho na sociedade. Para isso busca apresentar, discutir e problematizar estudos e pesquisas que abordam o tema do trabalho e suas implicações sociais. Pretende enfatizar o processo de constituição e identidades do ser social pelo trabalho; apresentar e discutir as principais mudanças no mundo do trabalho e suas consequências sociais, além de abordar também ações e instituições de organização e resistências das classes trabalhadoras e a formação e a educação orientadas pelo trabalho.

 

Docentes responsáveis: Jordão Horta Nunes e Tania Ludmila Dias Tosta

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.

 

BRAVERMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista. Rio de Janeiro, Zahar, 1977.

 

BRUNO, L. (org.). Educação e trabalho no capitalismo contemporâneo. São Paulo: Atlas, 1996.

 

CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Rio de Janeiro. Vozes, 1998.

 

DAL ROSSO, Sadi. Mais trabalho! A intensificação do labor na sociedade contemporânea. São Paulo: Boitempo, 2008.

 

DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

 

DUBAR, Claude. A socialização. Construção social de identidades sociais e profissionais. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

 

HARVEY, David. Condição Pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1993.

 

KERGOAT, Danièle. Dinâmica e consubstancialidade das relações sociais. Novos estud. - CEBRAP, São Paulo, n. 86, p. 93-103, Mar.  2010.

 

LAVAL, Christian; DARDOT, Pierre. A nova razão do mundo: Ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016. 

 

OLIVEIRA, Roberto Véras de; RAMALHO, José Ricardo; SANSON, César. Diálogos críticos: o pensamento estrangeiro e a sociologia do trabalho no Brasil. São Paulo: AnnaBlume, 2023.

 

SOUZA-LOBO, Elisabeth. A classe operária tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. 2. ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2011.

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

 

ALVES, Giovanni. Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011.

 

ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo, SP: Boitempo, 2018.

 

ANTUNES, Ricardo (org.). Icebergs à deriva: o trabalho nas plataformas digitais. São Paulo: Boitempo, 2023.

 

BRIDI, Maria Aparecida; BRAGA, Ruy; SANTANA, Marco Aurélio. Sociologia do Trabalho no Brasil hoje: balanço e perspectivas. Revista Brasileira de Sociologia, Vol. 06, n. 12, Jan-Abr/2018.

 

BRITES, Jurema. Trabalho doméstico: questões, leituras e políticas. Cadernos de Pesquisa, Rio de Janeiro, v. 43, p. 422-451, 2013.

 

CARDOSO, Adalberto. A construção da sociedade do trabalho no Brasil. Uma investigação sobre a persistência secular das desigualdades. Rio de Janeiro: FGV, 2010.

 

CATTANI, Antonio David; HOLZMANN, Lorena. Dicionário de trabalho e tecnologia. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2006.

 

DAL ROSSO, Sadi. O Ardil da Flexibilidade, os trabalhadores e a teoria do valor. 1. ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2017.

 

DAL ROSSO, Sadi; CARDOSO, Ana Cláudia M.; CALVETE, Cássio; KREIN, José Dari. O futuro é a redução da jornada de trabalho. Porto Alegre: CirKula, 2022.

 

DEJOURS, Christophe. O trabalho entre sofrimento e prazer. In: A banalização da injustiça social. 3.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2000.

 

FEDERICI, Silvia. O Patriarcado do salário: notas sobre Marx, gênero e feminismo. São Paulo: Boitempo, 2021. 

 

FILGUEIRAS, Vitor Araújo; CAVALCANTE, Sávio Machado. What has changed: A new farewell to the working class? Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 35, n. 102, e3510213, 2020.

 

GUIMARÃES, Nadya. Desemprego, uma construção social: São Paulo, Paris, Tóquio. Belo Horizonte: Ed. Argumentum, 2009.

 

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo social, São Paulo, v. 26, n. 1, Jun 2014.

 

HONNETH, Axel. Trabalho e reconhecimento – Tentativa de uma redefinição. CivitasRevista de Ciências Sociais, v. 8, n. 1, jan.-abr. 2008.

LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: neoliberalismo em ataque ao ensino público. São Paulo: Boitempo, 2019.

 

MARCELINO, Paula; GALVÃO, Andréia. O sindicalismo brasileiro frente à ofensiva neoliberal restauradora. Tempo Social, v. 32, n. 1, p. 157-182, 2020.

 

OLIVEIRA, Roberto Véras de; VARELA, Paula; CALDERÓN, Ana Maria. Informalidad en América Latina: um debate actual? Alicante:  Universidad de Alicante/LATWORK, 2023. 

 

THEODORO, Mario. A sociedade desigual: Racismo e branquitude na formação do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.  

 

VILASBOAS, Jaqueline P. O.; NUNES, Jordão H.; TOSTA, Tania L. D. Trabalho, educação e sociedade: diferenças e desigualdades. Goiânia: Cegraf UFG, 2022.

 

 

Cultura e Sociedade 

 

EMENTA

Discussão de categorias teóricas, clássicas e contemporâneas sobre a cultura; Configurações discursivas e simbólicas; as abordagens do discurso; as abordagens do imaginário; memória social e relações identitárias. 

 

OBJETIVOS

Observar, analisar e refletir sobre categorias teóricas, clássicas e contemporâneas da cultura e seus desmembramentos, perpassando contextos geográficos e esferas sociais, econômicas, culturais e artísticas. Refletir sobre identidade, memórias e configurações discursivas, sobretudo no século XX. Analisar relações identitárias e suas facetas objetivas e subjetivas, passando pelas abordagens do imaginário. 

 

Docentes responsáveis: Andréa Vettorassi e Flávio Munhoz Sofiati

 

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

 

ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. 224p.

 

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I. São Paulo: Brasiliense, 1985.

 

BENJAMIN, WalterObras escolhidas II. São Paulo: Brasiliense, 1987.

 

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2009.

 

BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte. São Paulo: Cia das Letras, 1996.

 

CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. São Paulo: Ed. Cia Nac. 1985.

 

CUVILLIER, ArmandSociologia da Cultura. São Paulo: Editora Globo/Editora da USP, 1975.

 

ELIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Tradução Ruy Jungmann. Vol. I. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. 308 p.

 

ELIAS, Norbert. Mozart: sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1995.

 

JAMESON, Fredric. A cultura do dinheiro. Petrópolis: Vozes, 2001.

 

MANNHEIM, Karl.  Sociologia da Cultura. São Paulo: Perspectiva, 1974.

 

MARCUSE, Herbert. Cultura e Sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

 

WILLIAMS, Raymond. Marxismo e Literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

 

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

 

CANCLINI, Nestor Garcia. A socialização da arte. São Paulo: ed. Cultrix, 1984.

 

COUTINHO, Carlos Nelson. Cultura e Sociedade no Brasil – Ensaios sobre Ideias e Formas. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2000.

 

CRESPI, Franco. Manual de Sociologia da Cultura. Lisboa: Estampa, 1997.

 

GOLDMANN, Lucien. A Criação Cultural na Sociedade Moderna. Lisboa, Presença, 1976.

 

IANNI, Octávio. Ensaios de sociologia da cultura. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 1991.

 

LUKÁCS, György. Marxismo e Teoria da Literatura. Rio De Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

 

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira – cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo, Brasiliense, 1988.

 

VELHO, Gilberto. Sociologia da Arte (Volumes I, II, III, IV). Rio de Janeiro: Zahar 1966/1967.

 

Educação e sociedade 

EMENTA

O problema da educação na sociedade contemporânea. Estudo das teorias sociais e a educação. A educação popular e as práticas educacionais inclusivas. A relação educação e formação para o trabalho na contemporaneidade. Educação formal e não-formal.

 

OBJETIVOS

Refletir sobre a relação entre educação e sociedade a partir da análise sociológica clássica e contemporânea. Estudo da relação entre educação, diversidades, diferença com foco nos aspectos sociológicos das desigualdades educacionais. Analisar a relação entre educação e trabalho à luz das categorias de classe, raça e gênero. 

 

Docentes responsáveis: Jaqueline Pereira de Oliveira Vilasboas e Lucinéia Scremin Martins 

 

BIBLIOGRAFIA BÁSICA 

 

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de estado. Rio de Janeiro: Graal, 1992. 128p.

 

BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2023.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Secadi. Orientações para implementação da política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: Secadi, 2015.

 

CHAUÍ, Marilena. “Ideologia e educação”. Educação & Sociedade n. 5. São Paulo; Campinas: Cortez/Autores Associados/Cedes, jan. 1980, pp. 24-40.

 

DEMO, Pedro. A Sociologia crítica e Educação – contribuições das Ciências Sociais para a Educação. Em Aberto, Brasília, n. 46, p. 13–31, abr.–jun. 1990.

 

CUNHA, Luiz Antônio. A educação na sociologia: um objeto rejeitado. Cadernos Cedes, v. 27, p. 9-22, 1992.

 

DUBET, François. O que é uma escola justa? Cadernos de pesquisa, v. 34, p. 539-555, 2004.

 

DURKHEIM, Emile. Educação e Sociologia. 3 ed. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1962.

 

GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.

 

GOMES, Nilma L. O movimento negro educador. Petrópolis: Vozes, 2017.

 

GOMES, Nilma L. Diversidade étnico-racial, inclusão e equidade na educação brasileira: desafios, políticas e práticas. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação-Periódico científico editado pela ANPAE, v. 27, n. 1, 2011.

 

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora Martins Fontes. 2017. 283p.

 

LAHIRE, Bernard. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo: Ática, 1997.

 

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação. Petrópolis: Vozes, 1997.

 

MANACORDA, M. A. Marx e a pedagogia moderna. Campinas: Editora Alínea, 2007.

 

MANACORDA, M. O princípio educativo em Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1990.

 

NOGUEIRA, M.A., ABREU, R.C. Famílias populares e escola pública: uma relação dissonante. Educação em Revista, n. 39, jul./2004, p. 41-59.

 

OLIVEIRA, Amurabi; SILVA, Camila Ferreira. A Sociologia, os Sociólogos e a Educação no Brasil. RBCS Vol. 31 n° 91 junho/2016: e319108 p. 2 -15, 2015.

 

WEBER, Max. Os letrados chineses. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. p.471-501

 

YOUNG, Michel. Para que servem as escolas? Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 101, p.1287-1302, set./dez. 2007.

 

 

BIBLIOGRAFIA DE APOIO

 

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APPLE, Michael. Educação e poder. Porto Alegre, 1989.

 

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BARREIRO, Júlio. Educação Popular e Conscientização. Editora Sulina, Porto Alegre, 1999.

 

BEISIEGEL, Celso de Rui. Política e educação popular. Brasília: Liber Livro, 2008.

 

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FERNANDES, Florestan. A Ciência Aplicada e a Educação como fatores de mudança

social provocada. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.86, n.212. Brasília,

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LUKÁCS, György. Para uma ontologia do ser social I. Tradução: Nélio Schneider, Ivo Tonet, Ronaldo Vielmi Fortes. São Paulo: Boitempo, 2013.

 

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