
Defesa - Josué Pires de Carvalho
O mestrando Josué Pires de Carvalho defendeu, no dia 07 de novembro de 2006, às 14:00h horas, no Mini-Auditório Luis Palacín, a dissertação "A terceirização no sistema bancário: implicações materiais e simbólicas". O estudo pretendeu discutir o processo de terceirização acentuado pela chamada reestruturação produtiva iniciada por volta do último quarto do século XX. Assim, a partir do arrefecimento do processo de acumulação fordista/keynesiano concomitante ao desenvolvimento de formas flexíveis de produção sustentadas na retomada do liberalismo, busca-se compreender o contexto socioeconômico em que se dá a terceirização, para então investigar seus impactos sobre as relações sociais de trabalho, tendo em vista que o uso da terceirização constitui uma estratégia de flexibilização da organização da produção e do trabalho. A atenção ao fato de que no bojo da reestruturação capitalista se constata um significativo crescimento do setor de serviços (inclusive em relação à absorção de mão-de-obra) em detrimento de uma relativa retração dos setores agrícola e industrial, orienta o foco da investigação empírica para a “produção” de serviços, notadamente no subsetor bancário. Ademais, esse enfoque se deve a certa escassez de estudos sobre o setor de serviços do Brasil, por parte da Sociologia e Economia do trabalho. A parte empírica se deu por meio da realização de um estudo de caso em um banco oficial que abriga trabalhadores efetivos e terceirizados em suas dependências. Os resultados da pesquisa apontam para aspectos como: fragmentação da representação sindical, conflitos identitários entre terceirizados e bancários, imobilidade ascendente dos terceirizados, redução de salário direto e indireto dos trabalhadores, terceirizados que desenvolvem atividades-fim do banco contratante, fragilização do vínculo empregatício etc. No que tange ao fundamento teórico, o estudo se orienta por meio das noções de reestruturação produtiva; de “capital simbólico”, elaborada por Bourdieu; de “cidadania regulada”, discutida por Wanderley Guilherme dos Santos; de “nova questão social”, problematizada por Castel; de identidades laborais na perspectiva de Claude Dubar.
A banca foi composta pelos seguintes professores doutores:
Jordão Horta Nunes (Orientador - Presidente)
Sadi Dal Rosso (UnB)
Maria do Amparo Albuquerque Aguiar (UFG).
Na primeira foto, à esquerda, a banca formada pela professora Maria do Amparo, o coordenador Jordão e Sadi, professor convidado; na cabeceira da mesa, ao fundo, Josué. Na foto ao centro, Josué respondendo aos comentários do professor Sadi. Na foto à direita, colegas, professores e familiares durante o evento. Josué teve seu trabalho aprovado e recebeu os cumprimentos dos presentes após a realização do evento.
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Fonte: Coordenação